Meia noite
Rua tão vazia
Oh! Escuridão viva
Envolva todo o som
Desse silêncio destrutivo
Acorde-me dessa realidade
Doentia...
Olho para trás
Esperando sua sombra
Procure-me em meus passos
Cinza como a névoa
Sob o sombrio sorriso da morte
Mais uma mentira dolorosa
Doentia...
Continuo a interminável
Rua miserável
Que abriga os desesperados
Onde moram os condenados
Sentenciados ao esquecimento
Onde procuro abrigo
Doentia...
Vago no obscuro
Desejo de vingança
Determinado e moribundo
Entre os loucos a procurar
Suas belas e longas asas
Esperando esta dor passar
Doentia...
Acredito num amanhecer
Que nunca me veio
Olhando para o sol
E somente um eclipse
Feito pelo conforto do homem
Amaldiçoado a seguir em frente
Doentia...
Não existem mais estrelas
Somente feixes de luz
Feitas de metal e alumínio
Manipulada pelo maldito saber
Que afunda o amor no pecado
Mar de lama coberta pelo luxo
Doentia...
O fim moderno se aproxima
Enfeitado de ouro e bronze
Criando uma maldita verdade
Que fede a erros humanos
E troca virtudes por vícios
Suje, as próprias mãos de sangue
Doentia...